Na década de 60 ocorreu uma história aqui em Curtitiba.
Os circos sempre despertaram a atenção das pessoas, principalmente antes da geração da televisão, que não havia entretenimento, "se é que é", dentro de casa, então o circo, a matiné, o sarau do clube eram as diversões da população.
Certa vez um circo chegou por aqui, circo sofrido, o bilheteiro era o mágico e ainda vendia as maças do amor no intervalo. A bailarina além de vender pipoca cuidava dos bilhetes na entrada da lona.
Os espetáculos eram cheios de gente, todos se distraiam com o mágico, palhaços, estes que mais pareciam ter saído da lida com os animais de tão sujos e mulambentos que se apresentavam ao grande público.
O climax do espetáculo era o Gigante, um leão, já abandonado por um circo de maior porte e adotado pelo Circo Sofrido.
Na verdade o número com o Gigante era meio michuruca o domador/ contorcionista/ malabarista apenas o levava para uma volta ao picadeiro todo cercado.
Gigante não mais fazia seus truques, tão pouco escutva, era surdo o coitado. Surdo, banguela e alimentado com as sobras da pipoca do circo.
O público era variado de madames com seus filhos melequento até funcionários da construção civil.
Arival suposto nome do nosso protagonista, foi levar a mulher e os filhos. Vindo de um desses sertãozões do interior ele ficou adimirado com a beleza do animal.
Religioso e muito ligado em sua família, há mais de anos não os visitava. Quando teve uma brilhante idéia, que só pode ser posta em prática no outro dia.
A de tirar uma foto com o leão e mandar aos seus pais e mostrar que ele estava subindo na vida.
Foi ele ao circo, chegou no domador do leão e pediu para tirar uma foto junto com o gigante, de início o domador rejeitou a proposta. O domador sabia que mesmo sendo um bichano no fim da sua vida, era um leão, e um leão é um leão.
Arival não se aquietou, falou que pagaria pela foto.
O domador, vendo a possibilidade de ganhar uma grana, ainda rejeitou, mais foi só para o Arival aumentar a proposta, foi o que fez.
Aí em certa hora, eles fecharam o negócio, por uma grana rasoável, o servente tiraria uma foto junto com o leão, dentro de um cercado de fertro em que ele ficava esperando o dia de sua morte ou então de um pedaço de carne, pois só pipoca não estava legal.
Então o Arival entra no cercado. O domador seria o fotógrafo. O gigante deitadão, com um olhar dorminhoco presenciava tudo.
O cara chegou ao seu lado ele nem se mecheu. Arival se posicionou, deu ma última arrumada no cabelo, guardou o pente no bolso de trás da sua melhor calça.
Clic, tudo perfeito.
-Pô esse leão parece morto! Esbravejou.
Foi quando resolveu tirar uma foto com um pé no dorso do Gigante, que a minutos só se mechia para piscar os olhos, de modo as moscas não sentassem em seus olhos.
O domador retrucou:
- assim será dobrado!
Arioval só fez um leve sim com a cabeça. E emfim...CLIK, segido de um NHOK.
-Aí, aí minha perna.
O cara se deu mal. Pontos e mais pontos por uma foto.
PA BOM ENTEN MEI PA BA !!!
3 comentários:
Agora, n'outros tempos, eu recomendo:
http://www.putz.ufpr.br/
'Cê já foi?
hauhuahuhauaa...
como vc mesmo diz:
Um Leão é um Leão!!!!
hsuahsuahsua..
:)
Postar um comentário