26 junho, 2011

A pokan montanhista.


Essa história começa como de qualquer outra pokam, nascida no campo, colhida e transportada até um mercado da vida. Até aí tudo bem, porém seu destino estava selado, eu a escolhi como um bom exemplar da espécie.
Comigo ela foi para alguns morrotes da região, mais de uma vez e depois escondida em algum canto escuro da mochila ela ficou e ficou. Foi para outro estado, no platô 700 eu a encontrei e com ela a indagação:
- Como essa pokam veio parar aqui?
O pior estava por vir, ela respondeu:
- Há mais de um mês estou aqui, veja a data na etiqueta do saco do mercado!
Essa é a sexta vez que estou subindo uma montanha com você. Por favor não me coma ainda tenho muito o que fazer!
É claro que eu não iria comer uma pokan falante. Pensei comigo, essa fruta pode me render muito dinheiro em um circo dos horrores.
Pensei mais um pouco, porra em um mês seis dias na montanha é muito bom, principalmente depois de se passar dois anos com poucas montanhas, subindo apenas em sambaquis ou atrás de cachoeiras. Tudo por aqui está muito bom.
De volta em casa, colocando a mochila para secar, a reencontrei, ela reclamava do frio, pedia um banhao quente e assistir um pouco de tv.
Depois disto vieram os pedidos mais exentricos para uma pokam.
Ela quer ser eternizada em uma foto, direito a perfil em várias redes sociais e inclusive um blog.
- Um blog? indaguei.
Sim, um blog. Ela me respondeu.
Porra quem sou eu para não fazer uma desfeita dessas para uma pokam.
O pior é que ela quer ter um blog de aventura, montanhismo, ocultismo, culinaria, artesanato e música.
Antes de seu fim...enganei-a fazendo apenas esse post, ela acreditou que era um blog só dela, com idéias dela e um toke de sua personalidade e quando ela menos percebeu a comi. Aliás estava uma porcaria, meio passada, quem terminou o serviço foi o pepe ( meu cachorrinho montes).


Na foto estão a pokam e o toninho, assistindo tela quente.

E uma musica para acalmar!


2 comentários:

Anônimo disse...

É quase a estoria do naufrago e seu companheiro wilson, veja só, daria um filme.

Paulo Augusto Farina disse...

Grande Zeleo!!! Interessante esta pokan que não apodrece! Bons Ventos, Irmão!